4 de abr. de 2016

Indústria Offshore, o lado negro da força


Offshore
"Elas são a gasolina que executa o mecanismo.
São uma parte extremamente importante
 da fórmula de sucesso para
as organizações criminosas."
Robert Mazur, ex-agente de drogas USA
autor de: The Infiltrator: My Secret Life.

Uma grande parcela dos serviços oferecidos pela indústria offshore são legais, mas descobertas de uma investigação conduzida ao longo de um ano pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Journalists, ICIJ), pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e por mais de uma centena de outros órgãos de comunicação social - dos quais extrai essas informações para vocês – nos dão conta de que há um mundo marginal, uma indústria de lavagem de dinheiro gigantesca movimentando nosso destino.


Papo de conspiração global? 
Na maior colaboração da mídia já realizada, jornalistas que trabalham em mais de 25 idiomas fuxicaram todo o funcionamento interno do Mossack Fonseca traçando as negociações secretas de seus clientes em todo o mundo. 

Esse acervo de mais de 11 milhões de documentos (2,6 terabytes de informação) incluem e-mails, planilhas financeiras, passaportes e registros corporativos revelando os proprietários secretos de contas bancárias e empresas em 21 jurisdições offshore, a partir de Nevada a Cingapura para as Ilhas Virgens Britânicas.

Esses dados de informação cobrem um período de quase 40 anos, que vai de 1977 a finais de 2015 o que nos dá uma visão inédita, inúmeros elos, de como o dinheiro sujo flui, através do sistema financeiro global, alimentando o crime organizado e espoliando as receitas fiscais de muitos Estados

Ter uma empresa offshore não é ilegal. 
Para algumas transações comerciais internacionais, é uma escolha lógica, mas documentos deixam claro que os grandes bancos são grandes impulsionadores da criação de empresas de difícil rastreamento nas Ilhas Virgens Britânicas, Panamá e outros paraísos offshore. 

Os arquivos listam cerca de 15.600 empresas de fachada que os bancos internacionais como UBS (Union Bank of Switzerland) e HSBC criaram para clientes que querem manter suas finanças sob sigilo.

O mundo paralelo offshore evita “requisitos legais”, manipulando registros oficiais para garantir que seus clientes não sejam identificados com envolvimento em crimes contra a humanidade, corrupção política, evasão fiscal etc.


Antes do aparecimento do chamado mercado do "entretenimento", como notícias, shows, jogos e mídia, a entidade mais rica desse planeta durante os últimos 1.000 anos “era” a Igreja Católica Romana. A Igreja Católica controlava vasta riqueza e povos das Américas, incluindo grande parte do Sudeste da Ásia e África, onde há maior concentração de escravos passivos e faz uso até hoje de Offshore para proteger suas fortunas.

Mossack Fonseca
É uma consultoria e firma de advocacia do Panamá que presta serviços como a incorporação de empresas a jurisdições offshore, tais como as Ilhas Virgens Britânicas, Chipre, Hong Kong, Miami, Suíça, além de territórios britânicos como Guernsey, Jersey e Isle of Man e mais de 35 outros lugares ao redor do globo cobrando uma taxa anual de administração dessas firmas. Quase metade dos seus clientes está registrada em paraísos fiscais administrados pela coroa britânica, ou no próprio Reino Unido.

Mossack Fonseca é a 4ª maior fornecedora de serviços offshore da Terra e já foi contratada por mais de 300 mil empresas. Isso porque é a melhor criadora de empresas fantasma, estruturas empresariais usadas ​​para ocultar a propriedade dos ativos. 

Essa indústria global de empresas fiduciárias e grandes bancos com ajuda de sábios advogados, especializados em como fraudar leis, vendem seus serviços para manter segredos financeiros a políticos, traficantes de droga, armas, a senhores multimilionários, celebridades de todos os ramos, como jogadores de futebol, como o Lionel Messi. 

A Mossack Fonseca avisa seus clientes para não se preocuparem.
O compromisso com a "privacidade" dos dados confidenciais está armazenado em um centro de dados de última geração. Quaisquer comunicações dentro da rede global são tratadas através de um algoritmo encriptado que cumpre com os mais rígidos padrões mundiais.

Mas a luz da verdade passou por uma fresta...
O grupo de investigação identificou nos ficheiros da Mossack, 58 membros de famílias e pessoas relacionadas com primeiros-ministros, presidentes e reis, bem como detalhes das transações financeiras ocultas de outros 128 políticos de todo o mundo.

Nomes ligados ao russo comunista Vladimir Putin – seus amigos Yuri Kovalchuk e Sergei Roldugin - que desviaram 2 milhões de dólares através de bancos e empresas fantasmas, ganhando milhões em negócios, tornando-se "Comunistas fabulosamente ricos" que aparentemente não poderiam ter conseguido essa proeza sem o patrocínio do Chefe (sem que o nome do Putinho apareça).

Essa história de comunista ficar trilhardário de uma hora pra outra necessita do patrocínio do Chefe de Estado. Aqui no Brasil limpadores de coco de jaula de elefante se tornam agropecuaristas milionários... como? Devem ter inventado um adubo poderoso...

O nome do líder britânico David Cameron filho de Ian Cameron, um multimilionário corretor da bolsa, aparece como cliente da Mossack Fonseca protegendo seu fundo de investimento, a Blairmore Holdings, Inc. dos impostos britânicos impiedosos.

Parece piada? Tem mais...
Argentina tinha ligado essas empresas com sede em Nevada a um escândalo de corrupção, envolvendo os antigos presidentes Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner.

O atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, que foi diretor e vice-presidente de uma empresa das Bahamas gerida pela Mossack Fonseca, quando era um homem de negócios e presidente da Câmara de Buenos Aires, também está na lista. Um porta-voz de Macri disse que o presidente nunca deteve pessoalmente ações na firma, que era parte do negócio de família.

Offshore ligadas ao narcotráfico
Carlos Toro, ex-informante da DEA (a agência americana antidrogas), revelou que a Justiça Americana tem sob a mira uma série de autoridades do círculo próximo do presidente Evo Morales. A mais importante delas é o seu vice-presidente Álvaro García Linera.

Rene Sanabria - raposa vigiando o galinheiro
Em 2011, o então chefe de operações antidrogas da Bolívia, militar Rene Sanabria, foi preso em flagrante no Panamá, depois que uma investigação identificou que uma quadrilha de traficantes controlada por ele despachou 4,7 toneladas de cocaína para oito países de destino escondidas em contêineres de cargas por meio dos portos chilenos, somente entre os meses de janeiro e fevereiro de 2010.

Em 2007,  o Congresso brasileiro autorizou o país vizinho Bolívia a abrir um Depósito Franco no Porto de Paranaguá. Com isso, a Bolívia pode usar as instalações do porto paranaense para o envio e recebimento de suas cargas. A medida foi apresentada ao Congresso pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 para agradar o colega Evo Molares, que havia sido eleito um ano antes. 

Viu isso na sua TV? Imagina se eles vão te dar esse link.

Cena do filme - "They Live"
Para a Operação Lava Jato, os procuradores alegam que funcionários da Mossack Fonseca destruíram e ocultaram documentos para camuflar a participação da sociedade de advogados na lavagem de dinheiro para (ao menos) 107 offshores correspondentes a 57 indivíduos relacionados publicamente ao esquema de corrupção originado na Petrobras.

Offshores ligadas a Odebrecht e às famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer (controladora do grupo Suzano) e a Walter Faria, do Grupo Petrópolis, além do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e outros estão no radar da operação.

Em janeiro de 2016, se suspeitava que a Mossack teria ajudado a ocultar o nome dos verdadeiros proprietários do apartamento tríplex no Guarujá (SP) e sítio em Atibaia, mas agora temos a certeza disso.

Dados oferecem registros de vôos de Fábio Lulinha viajando ao Panamá em 2014 na companhia de Bittar – seu sócio. Além de Luis Claudio Lulinha, também esteve no Panamá em 2015, comprando cuecas, um sobrinho de Lula de nome Taiguara

Acorda sonambúlico!
Para que aconteça um impeachment é necessária a avaliação do presidente da câmara (Cunha), que encaminha para os demais parlamentares se querem confirmar a retirada da Dilma do poder – mas para isso são necessários no mínimo 342 votos - 2/3 dos votos dos 513 deputados.

Caso consiga chegar ao mínimo de parlamentares exigidos que defendam essa ideia, o "processo de impeachment” - segue para o Senado que também exige um quórum altíssimo - o artigo 47 da Constituição, se for levado ao pé da letra, 22 votos no Senado poderiam afastar a presidente.

Isso porque o quórum mínimo para sessões do Senado é de 41 senadores (de 81) e, já que é maioria simples, a metade mais um senador poderia decidir pela instauração do processo.

Daí, eu pergunto a você:
Partido dos Trabalhadores (PT) – dos que não trabalham - têm tanto dinheiro escondido em ilhas fiscais, que poderiam garantir a manutenção do seu poder até 2038, segundo apuração dos valores “superficiais” da Lava Jato.

Com tanto dinheiro envolvido nessa trama conspiratória – das quais muitos não acreditavam, torciam o nariz e riam dessa ideia – quem nos garante que muitos desses “parlamentares” no dia da votação comparecerão a votação do impeachment?

Cá entre nós, mas tudo faz crer que teremos mais de 100 parlamentares nesse exato dia de votação, com dor de barriga, apresentando sintomas de H1N1, Zica, Dengue, ou com desculpa de que precisavam dar banho nos peixes ou que tinham uma questão difícil de vida para resolver - levar a mulher ao Shopping para comprar uma legging...

laura botelho

Fica esperto...
Nova data para a votação do Parlamentarismo



Maduro e Tráfico de Drogas






Vulcões ativos